terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Quem sabe, sabe



 Quando a ficção se torna realidade......



"Há coisas que NUNCA esquecem
    

            Para distrair a mente, numa destas noites decidi retomar o velho hábito de ler na cama.
Bom? Veremos...

Estiquei o braço e puxei da mesa de cabeceira um artigo retirado de um livro de John e Linda Friel, intitulado “As piores coisas que os pais fazem”. Inspirador?
O estudo incentivava o diálogo e as regras de boa convivência entre pais e filhos. ..Interessante.
“Pergunte a si mesmo se o seu filho é equilibrado”. (E pra quê, pergunto eu?!?!)........tal pai, tal filho. Esquece!
“Não se pode confiar em ninguém” . Ai não? E passamos nós o dia a insistir: O que é que a mãe disse? Foi isso que te ensinaram na escola?

Ufa...

Prometo: Um dia destes dou em doida. Mesmo . Ai dou dou. E não leio mais!
      Era uma vez. Blá bla bla

Que as crianças são o melhor do mundo, disso não tenho dúvidas. Mas que Mundo!
Que “o essencial é invisível aos olhos”, alguém escreveu. E toda a gente entendeu.
Alguém experimentou? Falo então na primeira pessoa. Eu conto.

Põe fralda, tira fralda.
Tem, não tem.
Será? Não será?

Vê lá se me dás aqui uma mão.
É tudo muito lindo. É é.

Eu acho. Tu pensas. Ela Diz.
Vou??
 Não vou conseguir conjugar este verbo muito mais tempo.

Estás a ouvir?
Não, não estás?
Nunca ouves.
Ouves agora???

O menino está a cho-rar!!!
A sonhar?
(grrrr)
           Não, a cho-rar..
 Que pesadelo.
          Durmo, não durmo?
          Fico, não fico? 
         .....horas e horas nisto.

 Olha, (estou-te a a-ba-nar):  o me-ni-no acordou!

Já, já vou !( e virou)

         Virei a página.

         Tem frio, tem calor?

A minha mãe disse que… Não, não, esquece, a tua é que sabe!

Sabes ,(respondi-me)… apetecia-me era...  mandar o menino…à.. tua mãe.

Santa MÃE!

Voltei a pegar no livro.

Então,  Hoje ninguém dorme
(PERGUNTO-ME)?
Diz ainda o tal estudo de John e Linda Friel: “ Não espere que o seu filho realize os seus sonhos. Ele tem os dele
Pois…Puro Instinto. Se não durmo, como sonho?!

- Pai, onde é que está a mãe?

Perguntem agora por que não me arranjo? Por que não vou ao cinema? Vá, perguntem!
Ahhhh(sono)

Há coisas que NUNCA esquecem
outras.....Não queremos lembrar......."



Por, Catarina Fonseca

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Bons pais preparam os filhos para os aplausos, pais brilhantes preparam os filhos para os fracassos

"Excelente este texto de Augusto Cury.

Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver: motivação, ousadia, paciência, determinação, capacidade de superação, habilidade para criar e aproveitar oportunidades.
Bons pais preparam seus filhos para receber aplausos, pais brilhantes os preparam para enfrentar suas derrotas. Bons pais educam a inteligência lógica dos filhos, pais brilhantes educam a sensibilidade.
Estimule seus filhos a ter metas, a procurar o sucesso no estudo, no trabalho, nas relações sociais, mas não pare por aí. Leve-os a não ter medo dos seus insucessos. Não há pódio sem derrotas. Muitos não sobem no pódio, não por não terem capacidade, mas porque não souberam superar os fracassos do caminho. Muitos não conseguem brilhar no seu trabalho porque desistiram nos primeiros obstáculos. Alguns não venceram porque não tiveram paciência para suportar um não, porque não tiveram ousadia para enfrentar algumas críticas, nem humildade para reconhecer suas falhas.
A perseverança é tão importante quanto a habilidade intelectual. A vida é uma longa estrada que tem curvas imprevisíveis e derrapagens inevitáveis. A sociedade nos prepara para os dias de glória, mas são os dias de frustração que dão sentido a essa glória.
Revelando maturidade, os pais brilhantes se colocam como modelos de vida para uma vida vitoriosa. Para eles, ter sucesso não é ter uma vida infalível. Vencer não é acertar sempre. Por isso, eles são capazes de dizer aos filhos: “Eu errei”, “Desculpe-me”, “Eu preciso de você”. Eles são fortes nas convicções, mas flexíveis para admitir suas fragilidades. Pais brilhantes mostram que as mais belas flores surgem após o mais rigoroso inverno.

A vida é um contrato de risco
Pais que não têm coragem de reconhecer seus erros nunca ensinarão seus filhos a enfrentar seus próprios erros e a crescer com eles. Pais que admitem que estão sempre certos nunca ensinarão seus filhos a transcender seus fracassos. Pais que não pedem desculpas nunca ensinarão seus filhos a lidar com a arrogância. Pais que não revelam seus temores terão sempre dificuldade de ensinar seus filhos a ver nas perdas oportunidades para serem mais fortes e experientes. Temos agido assim com nossos filhos, ou desempenhamos apenas as obrigações triviais da educação?
Viver é um contrato de risco. Os jovens precisam viver este contrato apreciando os desafios e não fugindo deles. Se eles se intimidarem diante das derrotas e dificuldades, o fenômeno RAM registrará em sua memória milhares de experiências que financiarão o complexo de inferioridade, a baixa autoestima e o sentimento de incapacidade. Qual é a consequência?
Um jovem que tem baixa autoestima se sentirá diminuído, inferiorizado, sem capacidade para correr risco e para transformar suas metas em realidade. Poderá viver um envelhecimento emocional precoce. A juventude deveria ser a melhor época do prazer, embora tenha suas inquietações. Mas muitos são velhos no corpo de jovens. Ser idoso não quer dizer ser velho. Aliás, muitos idosos, por serem felizes e motivados, são mais jovens na sua emoção do que grande parte dos jovens da atualidade.
Qual é a característica de uma emoção envelhecida, sem tempero e motivação? Incapacidade de contemplação do belo e uma capacidade intensa de reclamar, pois nada satisfaz prolongadamente. Reclamar do corpo, da roupa, dos amigos, da falta de dinheiro, da escola e até de ter nascido.
A capacidade de reclamar é o adubo da miséria emocional e a capacidade de agradecer é o combustível da felicidade. Muitos jovens fazem muitas coisas para ter uma migalha de prazer. Eles mendigam o pão da alegria, mesmo morando em palácios. Os jovens que se tornam mestres em reclamar têm grande desvantagem competitiva. Dificilmente conquistarão espaço social e profissional. Alerte-os!
Como os jovens entendem o que é a memória dos computadores, compare-a com a memória humana. Diga-lhes que toda reclamação é acompanhada de um alto grau de tensão, que, por sua vez, sofre um arquivamento privilegiado pelo fenômeno RAM na memória, que lentamente destrói o júbilo da emoção. Os melhores anos da vida são sufocados. Pouco a pouco, eles perdem o sorriso, a garra, a motivação.

Descobrindo a grandeza das coisas anónimas
Leve seus filhos a encontrar os grandes motivos para serem felizes nas pequenas coisas. Uma pessoa emocionalmente superficial precisa de grandes eventos para ter prazer, uma pessoa profunda encontra prazer nas coisas ocultas, nos fenômenos aparentemente imperceptíveis: no movimento das nuvens, no bailar das borboletas, no abraço de um amigo, no beijo de quem ama, num olhar de cumplicidade, no sorriso solidário de um desconhecido.
Felicidade não é obra do acaso, felicidade é um treinamento. Treine as crianças para serem excelentes observadoras. Saia pelos campos ou pelos jardins, faça-as acompanhar o desabrochar de uma flor e descubra juntamente com elas o belo invisível. Sinta com seus olhos as coisas lindas que estão a seu redor.
Leve os jovens a enxergar os singelos momentos, a força que surge nas perdas, a segurança que brota no caos, a grandeza que emana dos pequenos gestos. As montanhas são formadas por ocultos grãos de areia. As crianças serão felizes se aprenderem a contemplar o belo nos momentos de glória e de fracassos, nas flores das primaveras e nas folhas secas do inverno. Eis o grande desafio da educação da emoção!

Para muitos, a felicidade é loucura dos psicólogos, delírio dos filósofos, alucinação dos poetas. Eles não entenderam que os segredos da felicidade se escondem nas coisas simples e anônimas, tão distantes e tão próximas deles."

 In, https://criancasatortoeadireitos.wordpress.com/

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Deveria ser simples

Exemplo de uma criança que, farta de ver os pais separados a discutir, resolve ter uma conversa muito séria com a mãe.



terça-feira, 22 de setembro de 2015

Pais ficam obrigados a pagar pensão de alimentos até aos 25 anos do filho

"A partir de outubro, os pais que pagam uma pensão de alimentos aos filhos menores, sob ordem do tribunal, ficam obrigados a cumprir esse pagamento por mais sete anos.
São mais sete anos. Os pais que estão obrigados a pagar uma pensão de alimentos aos filhos menores devem agora cumprir esse pagamento até que estes tenham 25 anos. A condição é que continuem a estudar ou estejam a frequentar alguma formação profissional.
A Lei publicada em Diario da Republica, entra em vigor já no próximo dia 1 de outubro. Até agora, o pagamento da pensão de alimentos só era obrigatório até que o adolescente atingisse a maioridade. Agora, desde que o filho ainda esteja em fase de formação profissional, mesmo a partir dos 18 anos, deve receber essa ajuda financeira dos pais: “O juiz pode decidir, ou os pais acordarem, que essa contribuição é entregue, no todo ou em parte, aos filhos maiores ou emancipados”, lê-se no diploma."

 In, https://criancasatortoeadireitos.wordpress.com/

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Alteração à Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo

A Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, n.º 147/99, de 1 de setembro, foi alterada pelo diploma Lei n.º 142/2015, de 8 de setembro, que poderá ser consultado aqui.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

PARA A MÃE DA CRIANÇA QUE ESTAVA AOS BERROS NA FEIRA DO LIVRO DA ESCOLA




"Vi-te na biblioteca da escola primária onde eu dou aulas, e o teu filho de quatro anos estava a berrar contigo. Estava a gritar, desesperadamente, na tua cara. Foi por isso que eu olhei para ti. Foi por isso que toda a gente olhou para ti. Ele estáva desesperado porque não lhe compraste o novo livro da Lego Star Wars, de 19.99€, que traz os bonecos que ele “precisa, precisa preciiiiiiiiiisa” mesmo de ter.

Está a fazer uma cena enorme. Eu ouvi do outro lado do corredor. Está a gritar e a espernear enquanto se contorce no chão. Ele só chora e grita, e diz que a mãe é má porque não lhe dá o que ele tanto quer. O mundo dele está desmoronar-se, e ele só consegue dizer que és a pior mãe do mundo.

Todas as pessoas à volta já estão a olhar para ti. A empregada está congelada, sem saber como reagir. Toda a gente está a olhar para ver o que vais fazer em relação à sua birra. É uma daquelas birras barulhentas e incomodativas de se assistir.

Vejo as lágrimas a subirem-te aos olhos, mas também vejo a coragem e força estampadas na tua cara. Estás calma e serena, e aparentemente não estás incomodada com a birra do teu filho. Continuas o pagamento na caixa, depois colocas os livros na mala, calmamente dás a mão à tua filha, recolhes o miúdo enquanto grita, e sais biblioteca fora. Ele continua a contorcer-se e a empurrar-te. Acabou de te arranhar na cara, deixando uma grande marca na bochecha, mas continuas a caminhar calmamente.

Conforme andas até ao carro (e eu não posso deixar de seguir-te e observar com admiração as tuas técnicas mágicas de parentalidade) ouvi-o gritar, entre soluços enquanto tentava recuperar o fôlego sem sucesso: “-A MÃE PROMETEU QUE EU PODIA COMPRAR UM LIVRO HOJE!“. Calmamente respondeste: “Eu dei-te 10€ para gastares num livro hoje. Escolheste um livro mais caro. A seguir preferiste passar o teu tempo na feira a chorar e a gritar em vez de procurares um livro que pudesses comprar com o dinheiro que te dei. Tenho muita pena que tenhas feito essa escolha, deve ser muito triste para ti saíres da feira sem nenhum livro hoje.”

Ele, claro, não gostou dessa resposta. Na verdade, ainda gritou e chorou mais alto. Contorceu-se tanto que quase que te caia dos braços. Colocaste-o calmamente no chão com firmeza, mas com amor, agarraste-lhe no pulso para que ele não fugisse. Num tom calmo, paciente e maternal disseste: “querido, eu adoro-te. Eu amo-te muito. Eu sei que agora estás triste, e eu fico triste quando tu estás triste. Vamos entrar no carro e vou dar-te o teu cobertor: faz-te sempre sentires-te melhor.”

Ele responde: “mas, mas, mas…a mãe não comprou o meu livro…” Repetiste o que disseste anteriormente: que estás triste por ele ter escolhido perder o seu tempo a chorar em vez de procurar um livro que custasse 10€.

Depois, em silencio, deste-lhe um grande abraço (ao qual ele resistiu), pegaste-lhe ao colo (apenas para ser novamente arranhada na cara), e sentaste-o na sua cadeirinha no carro. Fechaste a porta e, apoiaste-te inclinada no carro por um momento. Deixaste escapar um suspiro, de frustração, antes de entrar no carro e ir embora.

Hoje, tu não cedeste. Não cedeste em momento algum, e por isso eu quero agradecer-te.

Obrigada por seres uma mãe que estabelece limites para o seu filho. Obrigada por seres uma mãe que não cede ao constrangimento social para apaziguar os desejos do seu filho pequeno que está aos gritos.

Obrigada por escolheres não lhe dar tudo o que ele quer.

Obrigada por teres a maturidade de lhe pegar ao colo enquanto ele se contorcia e gritava, e calmamente explicar-lhe as razões pelas quais não compraste o livro da Lego hoje.

Obrigada por teres maturidade para conversar com o teu filho como um adulto e permitir-lhe ver as consequências de suas ações. Obrigada por lhe teres explicado que não era um problema teu, que era uma confusão criada por ele, baseada numa (má) escolha que ele fez.

Muito obrigada por seres um exemplo para todas as mães, porque ser uma mãe firme que cumpre a sua palavra é muito mais importante do que ceder, para evitar uma birra. Obrigada por seres uma mãe em quem os teus filhos podem confiar, porque és consistente e firme.

Obrigada por seres uma mãe que faz os seus filhos sentirem-se seguros. Obrigada por amares os teus filhos o suficiente ao ponto de não seres a amiga deles, mas sim assumires o papel de mãe.

Como professora, eu vejo todos os dias uma grande variedade de pais e vejo todo o espectro de estilos parentais e abordagens. E como uma professora, eu consigo ver a extrema necessidade que o mundo tem da existência de mães como tu.

A feira do livro foi há três meses, e eu ainda estou a pensar na forma como lidaste com a birra do teu filho naquele dia.

Obrigada por seres o tipo de mãe que cria filhos respeitosos e humildes. A tua influência é muito maior do que jamais saberás.

Atenciosamente,
Uma professora grata."


Por sara michelle, no blog argyle in spring
traduzido e adaptado por Up To Kids®

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Raríssimas - Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras

Tem uma doença rara e não conhece os seus direitos? Coloque as suas questões através de e-mail (linharara@rarissimas.pt) ou telefone (300 505 700). Para mais informações poderá ainda consultar a página de facebook da Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras – Raríssimas.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O perigo das redes sociais

Regra geral todos consideram que conhecem muito bem os seus filhos, no entanto este video mostra que nem sempre é assim...




terça-feira, 18 de agosto de 2015

Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens

Em 10 de Agosto, saiu o Decreto-Lei 159/2015 que procede à criação da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens e define as respetivas missão, atribuições, tipo de organização interna e funcionamento.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Dia da Criança


Que as nossas crianças possam ter, hoje e sempre, o melhor de cada um de nós, para que através do exemplo se tornem nos dignos Homens e Mulheres de amanhã!




quarta-feira, 15 de abril de 2015

Caminhada pela prevenção dos Maus-tratos na Infância - 18 Abril


Parlamento discute esta quarta-feira dezenas de propostas para a promoção da natalidade



A Assembleia da República discute hoje dezenas de propostas da maioria e da oposição para a promoção da natalidade, num debate temático proposto pelo BE, relativamente ao qual PSD e CDS-PP admitiram viabilizar iniciativas da oposição.

"Do ponto de vista do princípio, a vontade é viabilizar as propostas da oposição", disse à Lusa na terça-feira o vice-presidente da bancada do PSD Hugo Soares, tendo semelhante posição sido expressa por fontes da bancada do CDS-PP.

O ‘vice' da bancada social-democrata ressalvou que "há propostas que são manifestamente contrárias" ao que têm vindo a defender, como a da reposição das 35 horas semanais de trabalho, avançada pelo PS, ou a da universalidade do abono de família, do PCP.

O Bloco de Esquerda propõe repor os 6 escalões anteriores do abono de família e ainda revogar as condições de recurso para atribuição desta prestação social, que foram introduzidas em 2010. 
O PS defende o aumento do montante pago nos escalões do abono de família e do abono pré-natal e a majoração das famílias monoparentais.

Também a maioria PSD/CDS-PP apresenta uma proposta relativa ao abono de família, recomendando ao Governo que possa na próxima legislatura repor os 4.º e 5.º escalões do abono de família. 
"A oposição parece julgar que há um poço sem fundo de onde os recursos podem emergir", disse Hugo Soares.

O PSD admite a abstenção em algumas propostas, manifestando-se também disponível para viabilizar que propostas baixem à comissão sem votação, se os proponentes o entenderem. 
No debate estarão em discussão dezenas de propostas de todos os partidos.

A maioria PSD/CDS-PP PSD e CDS-PP avança com três projectos de lei e seis projectos de resolução, que incluem uma nova modalidade de horário de trabalho na função pública, a meia jornada, permitindo metade do período normal de trabalho, recebendo 60% da remuneração, as pessoas com filhos menores de 12 anos ou, independentemente da idade, com deficiência ou doença crónica, e também as pessoas com netos menores de 12 anos.

O PS defenderá a reposição do horário de trabalho de 35 horas na função pública e a ponderação do número de filhos como factor de isenção de taxas moderadoras, entre as oito iniciativas legislativas que apresenta.

O BE apresenta seis iniciativas, entre as quais, um projecto de lei para o agravamento da penalização de empregadores que despeçam mulheres grávidas ou com filhos, e recomendações ao Governo para que o Serviço Nacional de Saúde assegure a preservação de gâmetas de doentes que correm risco de infertilidade devido a tratamentos oncológicos e a inclusão da vacina contra o rotavírus no programa nacional de vacinação.

O Partido Ecologista "Os Verdes" vai propor a gratuitidade e a desmaterialização dos manuais escolares, um projecto de lei estipulando que "nenhuma criança fica privada de médico de família" e outro para a reintrodução do regime do passe 4-18 e do passe sub-23 a todas as crianças e jovens estudantes.

Lusa

Comissões de Protecção de Crianças e Jovens exigem reposição de técnicos



Exige-se o regresso dos técnicos que a Segurança Social retirou. A posição de 17 comissões de protecção de crianças e jovens (CPCJ) ficou pronta esta segunda-feira e no mesmo dia começou a ser enviada para todas as outras que existem no continente português em busca de subscrições.

A situação foi denunciada há uma semana. No mesmo dia em que o ministro Mota Soares anunciou um reforço daquelas estruturas, a deputada do PS Idália Serrão mostrou outras contas. Antes, por cada 150 novos processos de promoção e protecção era atribuído um técnico. A 10 de Fevereiro, o Instituto de Segurança Social deliberou que a fasquia subiria para 300.

Cidália Ferreira, presidente da CPCJ da Marinha Grande, dá o seu exemplo: acompanham à volta de 400 processos; como no ano passado só abriram 150, perderam o técnico de apoio a tempo inteiro. “É como se as crianças que vêm de trás não precisassem de acompanhamento”, insurge-se.

Naquelas circunstâncias, não lhe parece que aumentar o número de horas do representante da Segurança Social na comissão restrita, o grupo a quem compete intervir directamente junto das famílias com crianças e jovens em risco, posso ser entendido como um reforço. “As situações de perigo não têm hora fixa. As comissões têm de ter meios para acudir a qualquer hora do dia ou da noite”, diz.

A CPCJ da Marinha Grande convocou todas as outras para discutir o assunto na última quinta-feira. Compareceram 17, talvez, arriscou, por a reunião “ter sido marcada em cima da hora” e a Segurança Social ter proibido os seus técnicos de participar. “Mais de 100 manifestaram solidariedade”, mas Cidália Ferreira não imagina quantas subscreverão a posição que dali saiu, até por a medida as afectar de forma muito distinta. “Umas têm 20 processos, outras 400, outras mais de mil”, resume.

No texto, a que o PÚBLICO teve acesso, diz-se que “os novos critérios aprovados pelo ISS, representam um retrocesso de dez anos no esforço para dotar as CPCJ de recursos humanos que lhes permitiam responder, com a urgência e eficácia devida, às múltiplas situações de perigo a que crianças e jovens se encontram expostas”. As 17 CPCJ exigem não só que sejam “repostos os técnicos existentes antes da deliberação” de 10 de Fevereiro, mas também que sejam considerados, não só os processos que entram em cada ano, mas todos os que estão activos.

O alerta sobre a falta de meios ecoou em 2005, na sequência de casos como o de Vanessa, uma menina de cinco anos morta pelo pai e pela avó no Bairro do Aleixo, no Porto. Entre 2006 e 2010, o ISS recrutou 156 técnicos para as CPCJ. Neste momento, disse idália Serrão, “restam 34 nas CPCJ”. O trabalho não encolheu, a avaliar pelos relatórios anuais. “O volume processual global das CPCJ passou de 50947 crianças em acompanhamento em 2006 para 71567 em finais de 2013, independentemente de se tratarem de processos instaurados, reabertos ou transitados, pois todos dizem respeito a crianças e jovens acompanhados”, concretiza o documento, que deverá ser remetido ao presidente da Comissão Nacional de Crianças e Jovens em Risco, ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e a outras figuras, incluindo o ministro da Segurança Social.

Na próxima quinta-feira, haverá debate de urgência no parlamento sobre as condições de trabalho das CPCJ. Um pedido do PS. 

Por ANA CRISTINA PEREIRA 
In publico.pt

terça-feira, 14 de abril de 2015

Perigos da Internet


Infelizmente, um tema muito atual... Este video mostra claramente os perigos da utilização da Internet por menores sem supervisão adequada.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Casamento entre menores de etnia cigana - Tribunal condena arguidos

"O Tribunal de Aveiro condenou a pena suspensa os arguidos envolvidos num caso de casamento entre menores à luz da tradição da etnia cigana.

Cinco arguidos foram condenados por abuso sexual de criança, no julgamento que decorreu à porta fechada.

Os pais do casal, que estava acusados de cumplicidade, receberam penas entre dois e três anos de prisão.

Já o rapaz, que à data dos factos tinha 16 anos, foi condenado a 16 meses de cadeia pelo relacionamento mantido com a rapariga, de 12 anos.

Todas as penas ficaram suspensas porque, explicou o advogado dos arguidos, Mário Tarenta, o tribunal não deu como provado que foi um casamento forçado ou combinado pelos progenitores.

O casal de jovens foi separado por ordem judicial e a rapariga institucionalizada.

No final do processo, o Tribunal de Aveiro alertou as comunidades ciganas para o risco de aplicar, no futuro, penas mais pesadas, incluindo prisão efectiva."

Site Renascença

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Número de casos de alienação parental está a aumentar



"Não se sabe ao certo quantos casos existem em Portugal, mas há dados que apontam para um aumento do fenómeno em que um dos progenitores condiciona ou impede o relacionamento dos filhos com o outro cônjuge. 

Os casos de alienação parental estão a aumentar em Portugal e a justiça não tem capacidade para lidar com o fenómeno, alerta a Associação para a Igualdade Parental e Direitos dos Filhos (APIPDF).

Não há números rigorosos sobre os casos que existem em Portugal, mas há dados que apontam para um aumento do fenómeno em que um dos progenitores condiciona ou impede mesmo o relacionamento dos filhos com o outro cônjuge.

"Nos últimos anos, os relatórios das comissões de protecção de crianças e jovens em risco têm referido isso. Além dessas sinalizações, as escolas são as primeiras a dar o alerta, a par das forças de segurança. Falamos, sobretudo, de casos de absentismo ou de comportamento desadequados no âmbito escolar", diz à Renascença o  presidente da APIPDF, Ricardo Simões.

Ricardo Simões fala de um problema delicado e admite que a resposta das instituições é insuficiente, a começar pela da própria justiça. "No dia em que houver uma opção generalizada por parte dos juízes de aplicar, sistematicamente, coimas, ou seja, retirar rendimento ao progenitor alienador, isso vai alterar comportamentos de forma significativa”, vaticina.

A APIPDF não é favorável a “mais repressão” nestes casos, mas os “juízes devem usar os instrumentos ao seu dispor”. No entanto, Ricardo Simões considera que a sociedade deve “pensar de forma criativa noutras soluções, porque o objectivo é que a criança possa conviver saudavelmente com ambos os progenitores".

Na maioria dos casos, a alienação parental continua a ser exercida por mulheres, mas, segundo a Associação para a Igualdade Parental, há também várias denúncias de mães que acusam o cônjuge de manipulação do comportamento dos filhos."

por André Rodrigues,
Site Renascença