segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Exposição - mês da Prevenção dos Maus-Tratos Infantis 2014

Está quase a terminar a exposição promovida pela CPCJ de Albufeira, que se encontra a decorrer no Edifício dos Paços do Concelho (1.º andar, corredor do Executivo). No entanto, se ainda não visitou poderá ainda fazê-lo até ao próximo dia 30 de Outubro. 
Para aqueles que não se podem deslocar até Albufeira, aqui fica o registo fotográfico. 










domingo, 12 de outubro de 2014

Malala e Satyarthi partilham Prémio Nobel da Paz 2014

"Adolescente paquistanesa muçulmana de 17 anos e sexagenário hindu indiano distinguidos pela sua luta em defesa dos direitos das crianças.




A Academia sueca conseguiu com a atribuição partilhada do Nobel à paquistanesa Malala Yousafzai e ao indiano Kailash Satyarthi premiar a defesa dos direitos humanos das crianças e em simultâneo dividir a distinção entre as duas potências nucleares inimigas asiáticas.

Ao premiar um hindu e uma muçulmana, um indiano e uma paquistanesa, o comité quis também distinguir uma "luta conjunta pela educação e contra o extremismo" nesta conturbada parte do mundo.

Este ano houve um registo recorde de 278 nomeações, mais 19 que no ano anterior, incluindo o homem que denunciou o escândalo das espionagem da NSA norte-americana, Edward Snowden, o ex-soldado dos EUA que desertou para os talibãs Chelsea Manning, o presidente russo, Vladimir Putin, e o Papa Francisco.

Entre os anteriores galardoados contam-se Nelson Mandela, Aung San Suu Kyi, Martin Luther King, e até o controverso premiado nesta categoria, Barack Obama em 2009.

A luta contra a opressão das crianças e dos jovens e o direito à educação foram segundo o comité a razão central da atribuição do Nobel da Paz 2014 a Malala Yusafzai e a Kailash Satyarthi.

"As crianças devem ir à escola e não devem ser financeiramente exploradas", lê-se no início do comunicado ontem divulgado em Oslo.

Nos países mais pobres, segundo o comité, 60% da população tem menos de 25 anos, pelo que o respeito pelos direitos das crianças e dos jovens é "condição de um desenvolvimento global em paz".

O comité considera que "nas zonas de conflito, a violação da integridade das crianças conduz à perpetuação da violência, de geração em geração".

No caso do activista indiano, presidente da Marcha Global contra o Trabalho Infantil, o comité destacou a "grande coragem pessoal" de Satyarthi, que, "na tradição de Ghandi", liderou protestos, sempre pacíficos, para denunciar a exploração infantil.

O comité destacou ainda a contribuição do activista para o desenvolvimento de "importantes convenções internacionais de direitos das crianças".

Kailash Satyarthi, de 60 anos, é natural de Vidisha, no estado indiano de Madhya Pradesh, e preside a uma organização não-governamental que luta contra a exploração infantil.

Em 1998 liderou uma mobilização civil contra a exploração infantil que reuniu cerca de 7,2 milhões de pessoas e posteriormente não só levou à fundação da ONG Marcha Global, mas manteve o seu líder ligado a outros movimentos e causas civis.

Abandonou a carreira de engenheiro e, nos últimos 25 anos, já conseguiu salvar dezenas de milhares de crianças e adultos mantidos em regime de escravidão, sobretudo em fábricas indianas, onde estavam em condições miseráveis e com as conhecidas longas jornadas de trabalho das sweatshops orientais.

O seu trabalho já fora premiado com vários galardões, entre os quais o prémio espanhol Alfonso Comin, o galardão internacional Frederic Ebert, na Alemanha, e o Prémio Internacional dos Direitos Humanos Robert F. Kennedy.

O indiano galardoado com o Nobel organiza campanhas de consciencialização com protestos que seguem os preceitos pacíficos de Mahatma Ghandi.

Por sua vez, Malala Yusafzai foi distinguida porque, "apesar da sua juventude, luta há vários anos pelo direito das raparigas à educação e mostrou com o seu exemplo que crianças e jovens também podem contribuir para melhorar a sua própria situação".

"Ela fê-lo nas circunstâncias mais perigosas. Através da sua luta heróica, tornou-se uma porta-voz do direito das raparigas à educação", diz o comité no seu comunicado.

Segundo os números avançados pelo comité norueguês, há no mundo cerca de 168 milhões de crianças que trabalham, menos 78 milhões que em 2000. "O mundo aproxima-se do objectivo de erradicar o trabalho infantil", considera o comité.

"O combate à repressão e a favor dos direitos de crianças e jovens contribui para a realização da 'fraternidade entre as nações' mencionada por Alfred Nobel no seu testamento como um dos critérios de atribuição do prémio Nobel da Paz", concluiu."

In, Jornal i