segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Aguardemos...



Governo prepara "revolução" para crianças institucionalizadas



O secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Marco António Costa, anunciou estar a preparar "uma revolução" no apoio ao estudo acompanhado das crianças institucionalizadas, nomeadamente através do acesso a meios multimédia. "Relativamente às crianças sem família, colocadas em instituições à guarda do Estado, o Governo está a preparar uma revolução. Estamos a trabalhar, com o ministério da Educação, na preparação do “Projeto Casa”. As crianças em lares de infância e juventude e centros de acolhimento temporário vão ter acesso a meios multimédia e a mais 300 profissionais a acompanhar o seu estudo", revelou Marco António Costa, dia 27 de julho.

Entre as "várias componentes" do “Projeto Casa”, está “o apoio ao estudo acompanhado, através da disponibilização de meios educativos complementares para que crianças possam ter as mesmas condições para puderem ter sucesso", descreveu o secretário de Estado, alertando que entre estes jovens a taxa de insucesso escolar "é próxima dos 50 por cento".

"Vamos disponibilizar meios informáticos e conteúdos multimédia. A Porto Editora disponibilizará gratuitamente esses conteúdos numa lógica de mecenato", afirmou, adiantando que o projeto será apresentado em setembro e terá "outras vertentes" de apoio ao estudo em meios carenciados.

Marco António Costa referiu ainda ter assinado "recentemente" um despacho de criação do programa “Ser Mais”, com vista a "criar um nível de estabilidade permanente no apoio psicossocial a jovens institucionalizados".

O secretário de Estado anunciou ainda a criação de "mais 23 turmas PIEF [Programa Integrado de Educação e Formação]" a nível nacional.

"A proposta apresentada ao Ministério da Educação, é criar condições para, este ano, termos mais 23 turmas PIEF, que garantem um acompanhamento diferente e inclusivo dos jovens no programa educativo, direcionando-os para uma lógica educativa diferenciada que combata o abandono escolar e desmobilização desses jovens na sua formação", descreveu.