quinta-feira, 30 de maio de 2013

Convite

Com o intuito de assinalar o Dia da Criança que se comemora a 1 de junho, a CPCJ de Albufeira tem a honra de convidar para a exposição de trabalhos elaborados no âmbito da campanha do mês da Prevenção dos Maus-Tratos Infantis, que irá decorrer no Edifício dos Paços do Concelho (1.º andar, corredor do Executivo), entre o dia 1 e 25 de junho.

Desta forma, pretende esta CPCJ, não só valorizar os trabalhos realizados, dando-lhes visibilidade, como  também alertar, mais uma vez, para a temática em questão.


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Como ter uma família emocionalmente inteligente



O mais velho tem más notas. A mais nova faz birras de manhã. O pai cruza os braços, a mãe grita e até o cão está em crise… É possível aprender a lidar com um quotidiano caótico e criar uma família emocionalmente inteligente? Duas psicólogas explicam-nos como.

Por: Catarina Fonseca/Activa

Imagine que alguém lhe pede que se descreva enquanto mãe.

Lembra-se imediatamente de meia-dúzia de coisas que fez mal ou que devia ter feito de outra maneira: aquela bofetadazita no Tiago quando se recusou a sair de casa porque queria acabar de ver os desenhos animados... Aquele grito à Ritinha quando, 45 minutos depois de se sentar à mesa, continuava com o bife inteirinho à frente... E ainda há quem queira ser mãe... Segundo as psicólogas Sandra Azevedo e Ângela Coelho, é esse o principal obstáculo a sermos bons pais: nunca pensamos naquilo em que somos... bons. E hoje em dia, quando se fala tanto em afastamento de pais e filhos, o que se vê são pais cada vez mais preocupados em aprender.
Sandra e Ângela não pretendem 'ensinar' nada: elas querem orientar. Psicólogas de formação, decidiram, depois de serem mães, criar um projecto próprio e inovador ligado ao trabalho com famílias. Foi assim que nasceu o 'Family Coaching' (pode visitar o site em www.familycoaching.pt), uma empresa pioneira que se dedica acima de tudo aos workshops com grupos de pais, onde tentam em conjunto arranjar soluções para aquilo que mais os aflige no dia-a-dia. A diferença entre o 'coaching parental' e outras abordagens é simples: aqui não há soluções pré-fabricadas. Cada um tem de encontrar a sua. Dá trabalho, pois dá: mas já viu algum tipo de treino que não dê trabalho?
Como cada família é única, não há receitas para vos apresentar. Mas Sandra e Ângela deram-nos algumas ideias para 'muscular' a sua resistência familiar e lidar melhor com as 'horas venenosas' do seu dia.

1. Descubra os seus limites
"Aquilo que nós fazemos é levar os pais a parar para pensar quais as guerras que querem comprar e as que não valem a pena", esclarece Sandra Azevedo. "Porque tudo passa por aí. Nos nossos workshops, podemos começar por lançar temas sobre as coisas que mais preocupam os pais: a gestão do tempo, as questões relacionados com o stresse de conciliar a vida pessoal e profissional, como sobreviver às 'horas venenosas', a dificuldade em gerir aquelas horas do dia em que estão todos juntos e cansados... Ultimamente, as pessoas preocupam-se muito com as 'birras dos pais', e a questão da disciplina e dos limites. Mas o que nós notamos é que os pais não têm dificuldade em impor limites, têm é dificuldade em clarificá-los para eles próprios."

2. Perceba o que torna única a sua família
Já teve aquela sensação de que uma solução não se aplicava ao seu problema? Muitas vezes, os conselhos que nos dão - as pessoas, os amigos, as revistas, a televisão - não funcionam, simplesmente porque a 'receita' não se nos aplica. Cada família tem o seu conjunto de regras e valores, por isso é que não pode adaptar o mesmo modelo da família da sua amiga à sua família e esperar que funcione. "Os pais são os maiores especialistas da sua família", lembra Ângela Coelho.
"Chegam-nos sempre à procura de ideias e estratégias que possam utilizar, e nós não funcionamos assim", explica Sandra. "Cada família é única, cada elemento dessa família é único em si, cada família tem um conjunto de valores e rotinas que não são replicáveis. Portanto, cada uma tem de encontrar aquilo que funciona com ela."

3 - Adopte expectativas realistas
"Se me vier dizer: 'Ah, eu gostava de acabar de jantar às 9, e às 9h05 as crianças estarem na cama', se calhar isso não é um objectivo muito viável..." lembra Ângela. O problema é que, várias vezes, os pais se sentem completamente descontrolados face a uma vida que parece saltar-lhes das mãos a toda à hora sem que eles tenham qualquer poder contra isso. "Mas quando começamos a analisar as coisas, eles começam a respirar fundo e a perceber que, passo a passo, é mais fácil descobrir um caminho", explica Ângela. "A ideia é parar para pensar, e depois dividir um grande problema em bocadinhos mais fáceis de resolver." Aqui, ter expectativas realistas é importante para encontrar soluções. "Às vezes, aquilo que eles ambicionam pode não ser exequível", nota Sandra. "Por isso, primeiro definimos objectivos, e depois vamos ver aquilo que é preciso fazer para chegar lá. Não vamos falar de um tema, vamos propor um conjunto de exercícios que os vão ajudar a chegar onde querem. O mais importante é a abordagem positiva: obrigamos os pais a parar, a olhar para eles e pensarem nas imensas coisas que fazem bem feitas, nas competências que já têm, e a partirem daí.

4 - Veja o lado positivo da vida
Pois, uma alínea especialmente difícil de cumprir para a maioria de nós, habituada ao conforto de chorar em ombro alheio. Mas especialmente importante se pensarmos em tudo o que queremos conseguir. "Olhamos sempre para as questões pelo lado da solução, e não pelo lado do problema," explica Ângela. "Aqui, começamos por perguntar às pessoas o que é que querem. O que é que gostaria que o seu filho fizesse? E em que situações é que isso é mais difícil? O que é que costuma acontecer nesse contexto e o que é que podemos fazer? Muitas vezes, a gente pergunta o que é que elas querem e elas nunca pensaram nisso, porque sempre estiveram focadas no problema, no que é que não queriam!" Então mas o que é que muda na minha vida se eu, em vez de pensar no que é que não quero, pensar no que quero? "É que a partir daí vamos encontrar maneiras de chegar lá! Se pensar no que é que não quer, não chega a lado nenhum."
"Isto devolve às pessoas uma sensação de controlo, sem que esse controlo tenha a carga negativa a que estamos habituados: é o eu poder decidir o que é que eu quero", conclui Sandra.

5 - Identifique os seus 'botões de birra'
Toda a gente sabe, sendo ou não sendo mãe: os adultos também se fartam de fazer birras. Por delicadeza connosco próprios, nunca lhe damos esse nome, mas que são as nossas zangas quotidianas senão 'birras em espelho'? Pois: há situações em que parece que alguém carrega num botão e nos salta a tampa. "O que nós fazemos é levar as pessoas a identificar os seus 'botões de birra' e a definir estratégias que possam usar quando isso acontece, seja antes do 'botão', seja depois do 'botão'" explica Ângela. Resultado: uma espécie de 'desprogramador interno' de birras adultas, que vai fazer com que, quando a tempestade nos apanha, já não nos apanhe sem rede, despreparadas, descontroladas.

6 - Trabalhe em conjunto
Esquecemo-nos muitas vezes de que um casamento ou uma relação é um trabalho de equipa: e é urgente retomá-lo. Isso não quer dizer que pai e mãe estejam sempre de acordo, quer dizer que um sabe o que o outro pensa. "Pai e mãe não têm de pensar igual em tudo, mas um dos problemas é que as pessoas muitas vezes formam família sem conversarem uma com a outra sobre aquilo que pensam e aquilo que querem", lembra Ângela. "Por exemplo, ontem tivemos um casal que estava a conversar sobre as 'horas venenosas' deles, e a certa altura o pai dizia, 'podemos fazer isto', e a mãe respondia, 'isso para mim não faz sentido nenhum, mas se isso te deixa mais tranquilo, tudo bem."
"Também pode acontecer que cada um tenha o seu plano para reagir a uma situação, mas o que é importante é que conversem sobre as reacções diferentes que têm", acrescenta Sandra. Por exemplo, pode acontecer que o pai tenha mais dificuldade em lidar com a hora da refeição e a mãe com a hora do banho: por que não cada um ficar com a 'pasta' que lhe é mais fácil?

7 - Mude-se a si própria

Ideia principal: nós não podemos mudar os outros mas podemos mudar-nos a nós próprios, e aquilo que mudarmos em nós vai ter impacto nos outros. "É um erro muito comum, esta ideia de que eu posso mudar os outros - filhos, maridos, amigos", explica Sandra. "O facto de eu fazer depender os meus objectivos de outras pessoas, é muito frustrante", alerta Ângela. "Muitas pessoas retiram a sua felicidade do facto de conseguirem mudar o outro, e aplicam toda a sua energia em mudar aquela pessoa, quando se calhar, se a investissem a pensar no que é que poderiam fazer para mudar a sua atitude, a sua posição em relação àquela situação, a sua maneira de gerir o problema, teriam muito melhores resultados. O problema é que é muitíssimo mais complicado mudar-nos a nós próprias do que mudar os outros."

Fonte: Activa

terça-feira, 28 de maio de 2013

Comissões de protecção de crianças têm mais meios, mas ainda precisam de reforços!



O título em epígrafe consta das declarações do presidente da comissão nacional de protecção de menores, numa reunião de balanço que juntou ministro da Segurança Social e vários secretários de Estado.



O ministro da Solidariedade e da Segurança Social disse nesta segunda-feira que o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano permitiu aumentar a vigilância e a protecção das crianças e jovens por parte das comissões de protecção. Já o presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR), Armando Leandro, admitiu que ainda faltam meios para lidar com o fenómeno.

O relatório anual da actividade das 305 Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ), que foi apresentado nesta segunda-feira numa reunião no Ministério da Segurança Social, em Lisboa, revelou que o número de jovens entre os 15 e 21 anos com acompanhamento, por se encontrarem em situação de perigo, quase duplicou em 2012 (de 10.954 para 20.724).

"Setenta por cento dos casos novos que nos surgiram têm a ver com o alargamento da escolaridade obrigatória", declarou o ministro Mota Soares. "Passámos a olhar para os jovens até uma idade superior", disse, adiantando que vai ser garantida uma maior presença de professores nas comissões de protecção para que estes casos tenham uma resposta imediata.

A Lei n.º 85 de 2009 determinou que os jovens deveriam passar a concluir o 12.º ano (e já não apenas o 9.º), sendo que a obrigatoriedade de ir à escola cessa quando perfazem os 18 anos, independentemente do nível de estudos que alcancem (antigamente, o limite era 15 anos). A lei previu também uma aplicação gradual do alargamento: seriam abrangidos, em primeiro lugar, apenas os alunos que em 2009/10 se matriculassem no 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, bem como os que entrassem no 7.º. Isto, independentemente da idade que tivessem então.

O universo de rapazes e raparigas abrangidos pela obrigatoriedade de estar na escola para além dos 15 anos tem vindo, por isso, a aumentar gradualmente e, com ele, o universo de jovens e de situações de incumprimento do direito à educação que as escolas têm que sinalizar às CPCJ.

O presidente da CNPCJR, Armando Leandro, considera que "as CPCJ têm hoje mais meios" do que no passado e que "dão muito de si". Mas também explicou que ainda continuam a faltar técnicos com tempo suficiente para dedicar a estas estruturas. Citado pela Lusa, disse que haverá um reforço do número de professores nas comissões. O ideal, adiantou, é ter um professor por cada uma das 305 comissões, e a tempo inteiro.

Questionado sobre a importância do combate à pobreza infantil, como forma de garantir a protecção das crianças, Mota Soares disse que o Governo está atento, com a assinatura de 80 contratos locais de desenvolvimento, suportados por fundos comunitários, que têm duas preocupações: o combate ao desemprego e a pobreza infantil.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Uma dura realidade ou uma centelha de esperança para os jovens...?



Reportagem que retrata a instituição "Casa dos rapazes", localizada em Viana do Castelo que acolhe crianças e jovens em risco e que procura constituir-se como uma nova família e criar um projecto de vida.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

"Monopólio de Afetos" - Programa Linha da Frente - RTP1


As crianças podem ser as principais vítimas das separações mal resolvidas.
Em caso de divórcio, muitas vezes os filhos são obrigados a optar pelo pai ou pela mãe.
A isto chama-se alienação parental.
Muitas vezes o afastamento é definitivo, mesmo com a intervenção dos tribunais.
Em "Monopólio de afetos" vamos conhecer filhos vítimas de alienação e pais que lutam para recuperar os filhos.
Uma reportagem de Ana Felício, com imagem de Manuel Liberato, Carlos Matias e Rui Costa e edição de Dores Queirós.

ou

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Trabalhos realizados no âmbito da campanha do Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância


A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Albufeira associa-se, desde 2012, na organização de atividades no âmbito do Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância – mês de Abril, à semelhança do que acontece nos Estados Unidos da América desde 1983 e em diversos países europeus, maioritariamente na Europa de Leste, desde o início deste século.  Pretende-se, com esta comemoração, consciencializar a comunidade para a importância da prevenção dos maus-tratos na infância, do fortalecimento das famílias, no sentido de uma parentalidade positiva e ainda do fundamental envolvimento comunitário.

A Organização Mundial de Saúde define abusos ou maus-tratos às crianças como todas as formas de lesão física ou psicológica, abuso sexual,  negligência ou tratamento negligente, exploração comercial ou outro tipo de exploração, resultando em danos atuais ou potenciais para a saúde da criança, sua sobrevivência, desenvolvimento ou dignidade num contexto de uma relação de responsabilidade, confiança ou poder. Estabelece, ainda, quatro tipos de maus-tratos: físico, emocional, sexual e negligência.

Assim sendo, esta  CPCJ solicitou a colaboração dos agrupamentos escolares do concelho, para a realização de atividades no âmbito desta campanha que resultou numa serie de trabalhos magníficos executados por alunos, docentes e pais de algumas escolas. 
Fica aqui o nosso reconhecimento pelos trabalhos elaborados e pelo despertar de consciências que certamente provocou, envolvendo a comunidade de uma forma preventiva. 

Jardim de Infância de Vale Serves:


E.B.1 Vale Pedras: 


Jardim de Infância de Ferreiras: 


E.B.1 de Ferreiras: 


terça-feira, 7 de maio de 2013

Aumentam notificações de casos de maus tratos infantis



Os serviços de saúde estão a notificar mais casos de maus tratos em crianças, sobretudo bebés, ao Instituto de Medicina Legal, revelando "um olhar mais atento e preocupado" dos médicos para estas situações, segundo uma responsável daquele instituto.
"A nível das perícias [médico-legais] notamos que há uma maior procura por parte dos serviços dos hospitais que estão, cada vez mais, a detetar situações que outrora não detetavam", disse à agência Lusa a diretora da Delegação do Norte do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML).
Teresa Magalhães explicou que esta situação não quer dizer que os casos não existissem, os profissionais é que não estavam "tão alertas" e tão orientados para o seu diagnóstico.
Agora, "os médicos a nível dos hospitais e centros de saúde estão mais alertados, mais atentos, mais preocupados, mais formados relativamente a esta problemática e estão mais capazes de identificar os casos e não os deixar passar como meros acidentes", realçou, comentando que "é um bom sinal".
O INML tem estado a monitorizar estas situações e "não há nenhum aumento significativo de violência. Estão é a detetar-se casos diferentes que não eram detetados e que nos deixavam muito preocupados porque sabíamos que existiam", frisou.
Sobre os casos que chegam ao instituto, Teresa Magalhães diz que são de crianças de todas as idades, mas sobretudo bebés, cujo diagnóstico é sempre mais difícil de fazer porque não falam.

Fonte: JN

Só para Crianças....


A ideia é fazer com que o acompanhante, e possível agressor, não veja o conteúdo. Com a campanha "Sólo para Niños", a associação espanhola ANAR, quer mostrar às crianças que também podem pedir ajuda.