segunda-feira, 18 de julho de 2011

Negligência e abandono escolar entre os maiores riscos


Mais de 68 mil menores em risco receberam acompanhamento no ano passado





Mais de 68 mil crianças estiveram em risco e foram acompanhadas pela Comissão de Protecção de Menores em 2010, refere o relatório de Avaliação de Actividade das Comissões de Protecção, apresentado ontem em Lisboa. O documento conclui que o volume global de processos continua a aumentar, mas a quantidade de novos casos tem vindo a diminuir. Em contrapartida, o número de casos transitados de anos anteriores aumentou face a 2009 - houve mais 337 -, assim como o número de processos reabertos, que foram mais 1365.

"Os processos reabertos aumentaram significativamente, mais de 33%", afirmou Ricardo Carvalho, secretário-executivo da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, citado pela Lusa. Durante o ano anterior, as comissões acompanharam 68 300 processos, que corresponderam ao envolvimento de 68 421 crianças em situações de risco, já que por vezes os procedimentos abrangem mais do que uma criança, como no caso de irmãos. Do total de processos, 34 753 transitaram de anos anteriores, 28 103 foram novos casos e 5444 foram reabertos.
As situações de perigo identificadas com mais frequência foram sobretudo negligência, seguida de exposição a comportamentos desviantes, como violência doméstica, e abandono escolar. Entre as situações de perigo identificadas com valores menos representativos estão a prática de crimes, o abandono, o abuso sexual e o uso de estupefacientes. Mas o número de casos de maus-tratos é superior ao de abandono escolar e o número de abusos sexuais é superior ao de abandono.
O abandono de crianças pela família aumentou desde há três anos, embora os casos continuem a ser residuais, contando-se perto de 300 situações destas. O documento destaca as medidas de apoio às crianças junto dos pais, havendo uma diminuição de medidas de separação do meio familiar.



Fonte: Lusa

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