quarta-feira, 13 de julho de 2011

Abandono escolar está a aumentar por causa da crise



Os tempos difíceis que o país vive devido às medidas de austeridade estão a reflectir-se nas escolas. Este ano lectivo, há registo de abandono escolar antes da conclusão do nono ano. Nos últimos tempos, temos conhecimento de algumas escolas onde alguns alunos, por volta dos 15 anos, antes do nono ano, têm abandonado as escolas. Isso é preocupante. Três ou quatro ou dez casos que sejam são motivo de preocupação para as escolas”, denuncia Manuel António Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares.

“Temos conhecimento de alguns na zona Sul, nas zonas urbanas e semi-urbanas, mas também nas zonas rurais”, acrescenta, sublinhando que há outra situação que “não podemos iludir: há muitos alunos que se mantêm na escola apenas porque a escola é o garante de uma refeição diária completa”.

A situação não é exclusiva deste ano lectivo e a preocupação aumenta, uma vez que as expectativas são que as dificuldades económicas não devem acabar em breve e, por outro lado, a escolaridade obrigatória passou para o 12º ano.

Manuel António Pereira destaca, contudo, que as famílias têm de perceber que a resposta à crise pode passar pela escola: “A escola é uma porta de entrada e não uma porta de saída. Acredito plenamente que uma das formas de sair da crise é a aprendizagem na escola", diz Manuel António Pereira
“Era importante que as famílias percebessem que uma das formas de sair da crise é a escola e a aprendizagem na escola. Em termos práticos, as escolas não podem fazer muito, a não ser continuar a trabalhar junto das famílias e ter os psicólogos e assistentes sociais junto das famílias para fazer esse tipo de trabalho”, defende.
Fonte: Lusa

Também em Albufeira houve um aumento do abandono escolar. Espero, em breve, poder trazer dados mais concretos, do nosso concelho, quanto a este flagelo que assola as escolas de Norte a Sul de Portugal e é uma das principais causas de sinalizações, e,consequente abertura de processo na nossa CPCJ.
Óscar Hilário

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