Esqueçer é Permitir. Lembrar é Combater.
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
Bons pais preparam os filhos para os aplausos, pais brilhantes preparam os filhos para os fracassos
"Excelente este texto de Augusto Cury.
Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver:
motivação, ousadia, paciência, determinação, capacidade de superação,
habilidade para criar e aproveitar oportunidades.
Bons pais preparam seus filhos para receber aplausos, pais brilhantes
os preparam para enfrentar suas derrotas. Bons pais educam a
inteligência lógica dos filhos, pais brilhantes educam a sensibilidade.
Estimule seus filhos a ter metas, a procurar o sucesso no estudo, no
trabalho, nas relações sociais, mas não pare por aí. Leve-os a não ter
medo dos seus insucessos. Não há pódio sem derrotas. Muitos não sobem no
pódio, não por não terem capacidade, mas porque não souberam superar os
fracassos do caminho. Muitos não conseguem brilhar no seu trabalho
porque desistiram nos primeiros obstáculos. Alguns não venceram porque
não tiveram paciência para suportar um não, porque não tiveram ousadia
para enfrentar algumas críticas, nem humildade para reconhecer suas
falhas.
A perseverança é tão importante quanto a habilidade intelectual. A
vida é uma longa estrada que tem curvas imprevisíveis e derrapagens
inevitáveis. A sociedade nos prepara para os dias de glória, mas são os
dias de frustração que dão sentido a essa glória.
Revelando maturidade, os pais brilhantes se colocam como modelos de
vida para uma vida vitoriosa. Para eles, ter sucesso não é ter uma vida
infalível. Vencer não é acertar sempre. Por isso, eles são capazes de
dizer aos filhos: “Eu errei”, “Desculpe-me”, “Eu preciso de você”. Eles
são fortes nas convicções, mas flexíveis para admitir suas fragilidades.
Pais brilhantes mostram que as mais belas flores surgem após o mais
rigoroso inverno.
A vida é um contrato de risco
Pais que não têm coragem de reconhecer seus erros nunca ensinarão
seus filhos a enfrentar seus próprios erros e a crescer com eles. Pais
que admitem que estão sempre certos nunca ensinarão seus filhos a
transcender seus fracassos. Pais que não pedem desculpas nunca ensinarão
seus filhos a lidar com a arrogância. Pais que não revelam seus temores
terão sempre dificuldade de ensinar seus filhos a ver nas perdas
oportunidades para serem mais fortes e experientes. Temos agido assim
com nossos filhos, ou desempenhamos apenas as obrigações triviais da
educação?
Viver é um contrato de risco. Os jovens precisam viver este contrato
apreciando os desafios e não fugindo deles. Se eles se intimidarem
diante das derrotas e dificuldades, o fenômeno RAM registrará em sua
memória milhares de experiências que financiarão o complexo de
inferioridade, a baixa autoestima e o sentimento de incapacidade. Qual é
a consequência?
Um jovem que tem baixa autoestima se sentirá diminuído,
inferiorizado, sem capacidade para correr risco e para transformar suas
metas em realidade. Poderá viver um envelhecimento emocional precoce. A
juventude deveria ser a melhor época do prazer, embora tenha suas
inquietações. Mas muitos são velhos no corpo de jovens. Ser idoso não
quer dizer ser velho. Aliás, muitos idosos, por serem felizes e
motivados, são mais jovens na sua emoção do que grande parte dos jovens
da atualidade.
Qual é a característica de uma emoção envelhecida, sem tempero e
motivação? Incapacidade de contemplação do belo e uma capacidade intensa
de reclamar, pois nada satisfaz prolongadamente. Reclamar do corpo, da
roupa, dos amigos, da falta de dinheiro, da escola e até de ter nascido.
A capacidade de reclamar é o adubo da miséria emocional e a
capacidade de agradecer é o combustível da felicidade. Muitos jovens
fazem muitas coisas para ter uma migalha de prazer. Eles mendigam o pão
da alegria, mesmo morando em palácios. Os jovens que se tornam mestres
em reclamar têm grande desvantagem competitiva. Dificilmente
conquistarão espaço social e profissional. Alerte-os!
Como os jovens entendem o que é a memória dos computadores, compare-a
com a memória humana. Diga-lhes que toda reclamação é acompanhada de um
alto grau de tensão, que, por sua vez, sofre um arquivamento
privilegiado pelo fenômeno RAM na memória, que lentamente destrói o
júbilo da emoção. Os melhores anos da vida são sufocados. Pouco a pouco,
eles perdem o sorriso, a garra, a motivação.
Descobrindo a grandeza das coisas anónimas
Leve seus filhos a encontrar os grandes motivos para serem felizes
nas pequenas coisas. Uma pessoa emocionalmente superficial precisa de
grandes eventos para ter prazer, uma pessoa profunda encontra prazer nas
coisas ocultas, nos fenômenos aparentemente imperceptíveis: no
movimento das nuvens, no bailar das borboletas, no abraço de um amigo,
no beijo de quem ama, num olhar de cumplicidade, no sorriso solidário de
um desconhecido.
Felicidade não é obra do acaso, felicidade é um treinamento. Treine
as crianças para serem excelentes observadoras. Saia pelos campos ou
pelos jardins, faça-as acompanhar o desabrochar de uma flor e descubra
juntamente com elas o belo invisível. Sinta com seus olhos as coisas
lindas que estão a seu redor.
Leve os jovens a enxergar os singelos momentos, a força que surge nas
perdas, a segurança que brota no caos, a grandeza que emana dos
pequenos gestos. As montanhas são formadas por ocultos grãos de areia.
As crianças serão felizes se aprenderem a contemplar o belo nos momentos
de glória e de fracassos, nas flores das primaveras e nas folhas secas
do inverno. Eis o grande desafio da educação da emoção!
Para muitos, a felicidade é loucura dos psicólogos, delírio dos
filósofos, alucinação dos poetas. Eles não entenderam que os segredos da
felicidade se escondem nas coisas simples e anônimas, tão distantes e
tão próximas deles."
In, https://criancasatortoeadireitos.wordpress.com/
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Deveria ser simples
Exemplo de uma criança que, farta de ver os pais separados a discutir, resolve ter uma conversa muito séria com a mãe.
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Pais ficam obrigados a pagar pensão de alimentos até aos 25 anos do filho
"A partir de outubro, os pais que pagam uma pensão de alimentos aos filhos menores, sob ordem do tribunal, ficam obrigados a cumprir esse pagamento por mais sete anos.
São mais sete anos. Os pais que estão obrigados a pagar uma pensão de alimentos aos filhos menores devem agora cumprir esse pagamento até que estes tenham 25 anos. A condição é que continuem a estudar ou estejam a frequentar alguma formação profissional.
A Lei publicada em Diario da Republica, entra em vigor já no próximo dia 1 de outubro. Até agora, o pagamento da pensão de alimentos só era obrigatório até que o adolescente atingisse a maioridade. Agora, desde que o filho ainda esteja em fase de formação profissional, mesmo a partir dos 18 anos, deve receber essa ajuda financeira dos pais: “O juiz pode decidir, ou os pais acordarem, que essa contribuição é entregue, no todo ou em parte, aos filhos maiores ou emancipados”, lê-se no diploma."
In, https://criancasatortoeadireitos.wordpress.com/
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
sábado, 12 de setembro de 2015
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Alteração à Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo
A Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, n.º 147/99, de 1 de setembro, foi alterada pelo diploma Lei n.º 142/2015, de 8 de setembro, que poderá ser consultado aqui.
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
PARA A MÃE DA CRIANÇA QUE ESTAVA AOS BERROS NA FEIRA DO LIVRO DA ESCOLA
"Vi-te na biblioteca da escola primária onde eu dou aulas, e o teu filho de quatro anos estava a berrar contigo. Estava a gritar, desesperadamente, na tua cara. Foi por isso que eu olhei para ti. Foi por isso que toda a gente olhou para ti. Ele estáva desesperado porque não lhe compraste o novo livro da Lego Star Wars, de 19.99€, que traz os bonecos que ele “precisa, precisa preciiiiiiiiiisa” mesmo de ter.
Está a fazer uma cena enorme. Eu ouvi do outro lado do corredor. Está a gritar e a espernear enquanto se contorce no chão. Ele só chora e grita, e diz que a mãe é má porque não lhe dá o que ele tanto quer. O mundo dele está desmoronar-se, e ele só consegue dizer que és a pior mãe do mundo.
Todas as pessoas à volta já estão a olhar para ti. A empregada está congelada, sem saber como reagir. Toda a gente está a olhar para ver o que vais fazer em relação à sua birra. É uma daquelas birras barulhentas e incomodativas de se assistir.
Vejo as lágrimas a subirem-te aos olhos, mas também vejo a coragem e força estampadas na tua cara. Estás calma e serena, e aparentemente não estás incomodada com a birra do teu filho. Continuas o pagamento na caixa, depois colocas os livros na mala, calmamente dás a mão à tua filha, recolhes o miúdo enquanto grita, e sais biblioteca fora. Ele continua a contorcer-se e a empurrar-te. Acabou de te arranhar na cara, deixando uma grande marca na bochecha, mas continuas a caminhar calmamente.
Conforme andas até ao carro (e eu não posso deixar de seguir-te e observar com admiração as tuas técnicas mágicas de parentalidade) ouvi-o gritar, entre soluços enquanto tentava recuperar o fôlego sem sucesso: “-A MÃE PROMETEU QUE EU PODIA COMPRAR UM LIVRO HOJE!“. Calmamente respondeste: “Eu dei-te 10€ para gastares num livro hoje. Escolheste um livro mais caro. A seguir preferiste passar o teu tempo na feira a chorar e a gritar em vez de procurares um livro que pudesses comprar com o dinheiro que te dei. Tenho muita pena que tenhas feito essa escolha, deve ser muito triste para ti saíres da feira sem nenhum livro hoje.”
Ele, claro, não gostou dessa resposta. Na verdade, ainda gritou e chorou mais alto. Contorceu-se tanto que quase que te caia dos braços. Colocaste-o calmamente no chão com firmeza, mas com amor, agarraste-lhe no pulso para que ele não fugisse. Num tom calmo, paciente e maternal disseste: “querido, eu adoro-te. Eu amo-te muito. Eu sei que agora estás triste, e eu fico triste quando tu estás triste. Vamos entrar no carro e vou dar-te o teu cobertor: faz-te sempre sentires-te melhor.”
Ele responde: “mas, mas, mas…a mãe não comprou o meu livro…” Repetiste o que disseste anteriormente: que estás triste por ele ter escolhido perder o seu tempo a chorar em vez de procurar um livro que custasse 10€.
Depois, em silencio, deste-lhe um grande abraço (ao qual ele resistiu), pegaste-lhe ao colo (apenas para ser novamente arranhada na cara), e sentaste-o na sua cadeirinha no carro. Fechaste a porta e, apoiaste-te inclinada no carro por um momento. Deixaste escapar um suspiro, de frustração, antes de entrar no carro e ir embora.
Hoje, tu não cedeste. Não cedeste em momento algum, e por isso eu quero agradecer-te.
Obrigada por seres uma mãe que estabelece limites para o seu filho. Obrigada por seres uma mãe que não cede ao constrangimento social para apaziguar os desejos do seu filho pequeno que está aos gritos.
Obrigada por escolheres não lhe dar tudo o que ele quer.
Obrigada por teres a maturidade de lhe pegar ao colo enquanto ele se contorcia e gritava, e calmamente explicar-lhe as razões pelas quais não compraste o livro da Lego hoje.
Obrigada por teres maturidade para conversar com o teu filho como um adulto e permitir-lhe ver as consequências de suas ações. Obrigada por lhe teres explicado que não era um problema teu, que era uma confusão criada por ele, baseada numa (má) escolha que ele fez.
Muito obrigada por seres um exemplo para todas as mães, porque ser uma mãe firme que cumpre a sua palavra é muito mais importante do que ceder, para evitar uma birra. Obrigada por seres uma mãe em quem os teus filhos podem confiar, porque és consistente e firme.
Obrigada por seres uma mãe que faz os seus filhos sentirem-se seguros. Obrigada por amares os teus filhos o suficiente ao ponto de não seres a amiga deles, mas sim assumires o papel de mãe.
Como professora, eu vejo todos os dias uma grande variedade de pais e vejo todo o espectro de estilos parentais e abordagens. E como uma professora, eu consigo ver a extrema necessidade que o mundo tem da existência de mães como tu.
A feira do livro foi há três meses, e eu ainda estou a pensar na forma como lidaste com a birra do teu filho naquele dia.
Obrigada por seres o tipo de mãe que cria filhos respeitosos e humildes. A tua influência é muito maior do que jamais saberás.
Atenciosamente,
Uma professora grata."
Por sara michelle, no blog argyle in spring
traduzido e adaptado por Up To Kids®
Subscrever:
Mensagens (Atom)