sábado, 18 de junho de 2011

Embora tudo tenha uma explicação, custa a acreditar (Parte II)

Maus Tratos...



Adelaide voltou a ser mãe

Adelaide Silva, a escriturária de 37 anos de Vila Nova de Gaia que, em Fevereiro de 2008, matou o seu bebé recém-nascido, não precisou de levar para a prisão o filho que teve a seguir. O juiz condenou-a a quatro anos de pena suspensa. Adelaide tinha já três filhos quando nasceu o quarto, em casa, na sanita. Tapou-lhe o nariz e a boca com uma mão e asfixiou-o até à morte. De seguida, meteu-o no congelador. O juiz considerou que a arguida estava angustiada, alterada, deprimida, "em negação da realidade". Adelaide não ouviu nenhum destes adjectivos. No dia da sentença, estava a recuperar do parto de um menino, nascido dois dias antes.

Para além das situações de psicose aguda, o psiquiatra Phillip Resnick apontou recentemente à revista norte-americana Time quatro outras "motivações-tipo" para este crime. Na primeira, a morte de uma criança às mãos do progenitor surge como um acto altruísta. É o que acontece, por exemplo, quando alguém decide suicidar-se e acredita que, ao matar também o seu filho, está a poupá-lo a uma grande dose de sofrimento. A morte pode ainda resultar de uma agressão fatal que não visava propriamente aquele fim. Na terceira circunstância, o bebé é indesejado, fruto de uma gravidez não planeada, muitas vezes resultante de uma infidelidade ou de uma relação clandestina.
Fonte: Público

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