MP diz que grávida de 13 anos não tem de ir à escola
Cresceu num acampamento cigano na periferia de Viana do Castelo. Atendendo "ao meio cultural", o Ministério Público arquivou o processo desencadeado pela escola.
O "Público" escreve que Gracinda, uma grávida de 13 anos, que cresceu num acampamento cigano na periferia de Viana do Castelo, deixou de ir à escola devido à sua condição.
A Escola Básica 2,3 Carteado Mena, avisou a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) para uma situação de risco e abriu um processo para dar apoio à família e ajudar á sua eventual reintegração num estabelecimento de ensino. Gracinda recusou qualquer intervenção. "Seguindo as directrizes previstas na lei e as recomendações emanadas da Comissão Nacional", o processo seguiu para o Ministério Público, que arquivou o caso: "Atento o meio cultural em que esta menor se insere, não existe qualquer medida de promoção e proteção que se adeqúe à sua situação".
A atitude do Ministério Público surpreendeu o diretor da escola. "Uma criança grávida, a viver num acampamento, a faltar às aulas; se isto não é risco, não sei o que é risco", diz.
Fonte: DN
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