quinta-feira, 14 de junho de 2012

Medida que se saúda se for bem operacionalizada...


DGS quer ir a casa de crianças até 4 anos para avaliar risco de acidente

Medida do Plano de Acção para a Segurança Infantil, em discussão pública, arrancará com projectos-piloto em alguns centros de saúde
A Direcção-Geral da Saúde quer melhorar a prevenção de acidentes domésticos com crianças pequenas indo a casa das famílias avaliar o risco, ao mesmo tempo que sensibiliza os pais. Ver onde são guardados os medicamentos e os detergentes, como se protegem janelas e varandas ou que medidas são tomadas para evitar o risco de afogamento são alguns aspectos das projectadas visitas domiciliárias nos primeiros quatro anos de vida “para avaliação de risco de acidente em ambiente doméstico e educação para a saúde/segurança”.

O objectivo surge no novo Plano de Acção para a Segurança Infantil, em discussão pública até dia 12 de Julho. Surge como principal iniciativa para reduzir o número e a gravidade dos acidentes até aos 4 anos em ambiente doméstico, área considerada uma das sete de “intervenção prioritária”.

O plano insere-se no Programa Nacional de Prevenção de Acidentes 2010-2016. Sobre estas visitas domiciliárias – que surgem entre dezenas de medidas sem datas concretas para avançar –, o documento define como acções iniciais identificar profissionais e organismos que já fazem visitas domiciliárias, adiantando que poderá ser aproveitada a experiência das estrutura das visitas domiciliárias a idosos. Lê-se que será necessário preparar instrumentos que permitam a avaliação, mas também definir orientações técnicas para guiar as visitas. Primeiro deverão arrancar projectos-piloto em alguns agrupamentos de centros de saúde para testar o modelo de visitas e só depois alargar aos restantes centros de saúde. Nas unidades envolvidas, a ideia passará por começar a referenciar para visita “todos os recém-nascidos através da notícia de nascimento”. O documento esclarece que só depois da discussão pública haverá uma calendarização das acções previstas.

Este plano começou a ser delineado em 2006, inicialmente pela Associação para a Promoção da Segurança Infantil e depois sob a coordenação do Alto Comissariado da Saúde, agora na DGS. Contou com a colaboração de 104 peritos, do Estado e de organizações da sociedade civil. Os relatores lembram que Portugal já foi alvo de recomendações da União Europeia e da Organização Mundial de Saúde no sentido reforçar a prevenção. Esta semana a APSI apresentou novos dados sobre a segurança infantil no país. Entre 2006 e 2010 houve 625 mortes por acidente até aos 19 anos. A maioria são provocadas por acidentes rodoviários, seguindo-se os afogamentos.
Fonte: Jornal i

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